quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Resumo sobre a desigualdade educacional



Em varias áreas,a desigualdade ainda é uma das características mais marcantes do nosso país, um eco da nossa historia que torna comum a ideia de que é natural que existam diferenças de oportunidades entre os grupos sociais. A desigualdade educacional talvez seja a mais cruel de todas. Tão importante quanto melhor a qualidade da educação básica, garantindo a aprendizagem de que os alunos precisam para a vida, é combater as desigualdades educacionais. As crianças que vivem em famílias mais pobres frequentam menos a educação infantil. A taxa de conclusão do ensino médio é menor entre os jovens cuja mães tem baixa escolaridade. As escolas que apresentam resultados de desempenho mais baixos estão concentradas nas regiões mais pobres. Em um país tão desigual, as medidas dizem pouco. Elas são insuficientes para a avaliação dos cenários reias. Escondem, por exemplo, os que estão muito lá atrás ou os que estão muito a frente.
Atualmente, o maior desafio é a qualidade do ensino, o que torna a política educacional mais complexa, pois ganhos de qualidade com maior equidade dependem de reconhecermos as diferentes necessidades de cada rede, escola e aluno. Não existe qualidade sem equidade. Os países que estão no topo do ranking mundial da educação apresentam uma media alta de desempenho e baixa desigualdade entra os alunos e redes.
Um exemplo é o Canadá, pais entre os cinco primeiros colocados no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes),que, apesar de abrigar um fluxo imigratório intenso de famílias de varias partes do mundo, tem uma das menores desigualdades educacionais. Este é o momento de termos políticas publicas especificas para problemas específicos, adequados a cada caso, que garantam uma atuação mais estratégica para lidar com um objeto muito mais sofisticado: a aprendizagem de todos e o combate à desigualdade.
Em uma sala de aula, nenhum aluno pode ficar para trás, esteja ele na região sul ou na região norte do país, seja ele de família de baixa renda ou alta renda. Os pontos de chegada dos alunos serão certamente diferentes, mas não se pode aceitar  que alguns alunos estejam tão defasados a ponto de acumular lacunas que impossibilitem seu sucesso ao longo de toda sua trajetória escolar,com aprovação e aprendizagem.
Hoje, o Brasil passa por um momento importante de crescimento. Mas crescer economicamente sem aumento da qualidade e da equidade na educação é um equivoco.
Desigualdade racial O número de pessoas brancas matriculadas no Ensino Médio é 49,2% maior do que o mesmo número entre a população negra. Percebe-se uma significativa melhora na adequação idade-série entre os adolescentes negros. 
Anos de estudo: Enquanto a população urbana possui, em média, 8,5 anos de estudo concluídos com sucesso, a rural tem apenas 4,5. Em relação à população branca, os negros possuem, em média, dois anos de estudo a menos. A população nordestina acima de 15 anos é a menos escolarizada do País. Essa parcela da população possui apenas seis anos de escolaridade, enquanto a média nacional é de 7,3 anos.



Analfabetismo
Do total de crianças com 10 anos de idade no Nordeste, 12,8% não sabem ler. A média nacional é de 5,5%. Já no Sul o indicador é de 1,2%. Embora importantes conquistas tenham sido obtidas nos últimos 15 anos, os Estados da Amazônia Legal Brasileira ainda têm mais de 90 mil adolescentes analfabetos e cerca de 160 mil meninos e meninas entre 7 e 14 anos fora da escola. Segundo a Pnad de 2007, 82,7% dos analfabetos de 15 anos ou mais do Norte são pretos ou pardos, o que evidencia a desigualdade racial.




Educação no campo
No campo encontram-se as maiores taxas de analfabetismo e o maior contingente de crianças fora da escola. De maneira geral, os currículos estão desvinculados das realidades, das necessidades, dos valores e dos interesses dos estudantes que residem no campo, o que impede que o aprendizado, de fato, se transforme em um instrumento para o desenv’olvimento local.


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