sábado, 9 de agosto de 2014

Resumo sobre ética nos esportes



Ética nos esportes
   A ética nos esportes se dá através de atitudes limpas, justas e honestas mesmo que esses princípios possam de certa forma prejudicar o atleta ou a equipe. No entanto existem muitas atitudes antiéticas nos esportes, entre elas podemos citar desvios financeiros, manipulação de resultados, agressões tanto físicas quanto verbal e o uso de substâncias ilícitas para o melhoramento do atleta.
    Muitas vezes os atletas são pressionados para ter um bom rendimento ou para manter tais rendimentos, como não conseguem de forma limpa recorrem ao uso de substâncias inapropriadas e proibida. Enquanto nas competições, há sempre desrespeito entre jogadores, técnico e as torcidas através de discriminações xingamentos e até mesmo agressões fisicamente àqueles que não chegam ao resultado esperado. Resultado esse que muitas vezes são alterados para o beneficiamento de alguns interessados constituindo assim exemplos de atitudes antiéticas.
    Concluindo as atitudes éticas nos esportes se baseiam em tomar atitudes limpas e justas, sempre respeitando o próximo, dar o melhor de si, mas sem uso de materiais proibidos, não manipular resultados ou seja competir sem querer prejudicar o outro; é preciso que todos se conscientizem da importância da ética nos esportes, e sempre respeitar os resultados, e os seus próprios limites.

Álvaro de Campos



Biografia
Álvaro de Campos nasceu em Tavira em 15 de Outubro de 1890 Depois de "uma educação vulgar de liceu" Álvaro de Campos foi "estudar engenharia, primeiro mecânica e depois naval" em Glasgow, realizou uma viagem ao Oriente, registrada no seu poema "Opiário", Ensinou-lhe latim um tio beirão que era padre e trabalhou em Londres, Barrow on Furness e Newcastle on Tyne (1922). Desempregado, teria voltado para Lisboa em 1926, mergulhando então num pessimismo decadentista. Álvaro de Campos é alto (1,75 m de altura, mais 2 cm do que eu), magro e um pouco tendente a curvar-se. Cara rapada entre branco e moreno, tipo vagamente de judeu português, cabelo, porém, liso e normalmente apartado ao lado, monóculo.

Perfil literário
Álvaro de Campos também é conhecido pela expressão de uma angustia intensa, que sucede seu entusiasmo com as conquistas da modernidade. É possível verificar que existiram três fases na escrita de Campos: a primeira, a decadentista, é a que mais se aproxima da poesia de final do século; a segunda, a modernista, corresponde à experiência de vanguarda iniciada com Orpheu; e a terceira é a negativista, na qual a angústia de existir e ser, mais está evidenciada e radicalizada. Na primeira fase o poeta exprime o tédio, o cansaço e a necessidade de novas sensações. Esta fase expressa-se como a falta de um sentido para a vida e a necessidade de fuga à monotonia, com preciosismo, símbolos e imagens apresenta-se marcado pelo Romantismo e pelo Simbolismo. Enquanto na segunda  Álvaro de Campos celebra o triunfo da máquina e da civilização moderna. A “Ode Triunfal” ou a “Ode Marítima são bem o exemplo desta intensidade e totalização das sensações. A par da paixão pela máquina, há a náusea, a neurastenia provocada pela poluição física e moral da vida moderna. , Campos sente-se vazio, um marginal, um incompreendido. Sofre fechado em si mesmo, angustiado e cansado. Como temáticas destacam-se: a solidão interior, a incapacidade de amar, a descrença em relação a tudo, a nostalgia da infância, a dor de ser lúcido, a estranheza, a perplexidade a dissolução do “eu”, a dor de pensar e o conflito entre a realidade e o poeta.
       


O cansaço
O que há em mim é sobretudo cansaço —
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas —
Essas e o que falta nelas eternamente —;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimno, íssimo, íssimo,
Cansaço...
Heterônimo de Fernando Pessoa: Álvaro Campos  


Analise da obra
Nesse poema ele fala do cansaço assumido como coisa em si mesma, um cansaço com tudo o que o rodeia, pois este já deixou de ser uma condição mas sim a forma como vive, a repetição da palavra cansaço serva para transmitir esse mesmo sentimento ao leitor . Campos também enumera coisas que todos perseguem - as sensações, as paixões, o amor - e diz que todas elas falham em significado. Ironiza com aqueles que pretendem ter maiores pretensões do que aquelas que ele acha possíveis. Na terceira parte do poema, o sujeito poético compara-se a aqueles que não sentem tédio face à vida. O poeta ironiza mesmo com os que aspiram a coisas que, para o “eu”, são impossíveis. O poeta tem outra atitude que transcende tais limites: ou seja, quer tudo no nada, quer a compreensão subtil do desconhecido. A quarta estrofe  do poema funciona como uma espécie de conclusão. Para as outras pessoas há algo que as faz viver e sonhar de forma equilibrada para o sujeito é bem diferente pois o fato de não ser compreendido e de não atingir os seus desejos traduz-se num “supremíssimo cansaço” O poeta encontra uma razão para tal fraqueza – a incapacidade das realizações.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Trabalho e Sociedade - Trabalhos inadequados

    Trabalho são atividades realizadas por indivíduos que buscam uma remuneração seja ela material ou não, que tem como propósito cumprir um objetivo. Na maioria das vezes ele existe para dignificar, ou seja, fazer com que através desse trabalho o homem, consiga uma vida melhor através do salário ou a realização de um sonho.
    No entanto hoje em dia ainda existem trabalhos que elevam o ser humano a mais baixa condição de humanidade, um exemplo principal é o trabalho infantil que infelizmente, afeta 3,5 milhões de criança e adolescente no país, crianças essas que estão localizadas na zona urbana e principalmente na zona rural. Entre os trabalhos desenvolvidos estão: vendas de mercadorias nas ruas, catação de papelão e latinha, atividades agrícolas (plantação, colheita, etc.) alem de trabalhar em pedreiras e canaviais, como consequência as crianças deixam as escolas, contraem doenças por causa do grande esforço físico e das péssimas condições de trabalho, além de não terem direito a lazer e são jogados à sorte, sem perspectiva de vida futura. São meninos e meninas coagidos a trabalhar em atividades que envolvem riscos físicos e psicológicos, podendo os impactos serem irreversíveis.
  Outro exemplo é o trafico de pessoas para a prostituição, são milhares de mulheres e homens que são enganados por quadrilhas, que fingem ser empresários e garantem uma vida melhor para as vítimas. Mas quando chegam ao local do tão sonhado emprego se deparam com uma realidade muito diferente, o tão sonhado emprego, vira um pesadelo são obrigados a virar escravos sexuais e até mesmo a utilizar o seu interior como abrigo para transportar drogas, alem de sofrerem violências verbais e físicas e viverem em alojamentos com péssimas condições.
    É necessário que o governo federal juntamente com a polícia investigue e puna os responsáveis pela “escravidão” dos dias atuais. O governo deveria investir e disponibilizar mais cursos profissionalizantes, e gerar mais empregos, além de erradicar a miséria, pois as maiorias das que trabalham de formas sub-humanas foram em busca de uma vida melhor, ou seja, de uma vida sem miséria, com essas atitudes diminuiria os trabalhadores que se encontram nessas condições. No caso da exploração infanto-juvenil é necessária uma fiscalização mais rigorosa, alem de incentivos para que as crianças não abandonem á escola. Além de tentar equilibrar as desigualdades sociais, pois essas crianças na maioria das vezes trabalham para ajudar no sustento da família. Gerando mais empregos para os adultos, que como consequência geraria renda para as famílias, as crianças não necessitariam trabalhar.
   Caso saibamos ou vejamos alguma forma de trabalhos inadequados é imprescindível que contatemos as autoridades.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Perfil literário de Augusto dos Anjos e Analise do poema pscicologia de um vencido



Perfil literário de Augusto dos Anjos

   Augusto dos Anjos possui um caráter sombrio e enigmático. No entanto seus poemas têm influências de varias estéticas entre elas a do simbolismo, naturalismo e ecos do Parnasianismo por isso deve ser visto como um fenômeno isolado mesmo que seu livro tenha sido publicado no Pré-modernismo.
   Suas poesias contem divagações metafísicas e a expressão de uma angustia existencial no seu soneto mais conhecido ele dirigiu-se aos leitores para afirmar a impossibilidade de uma feliz. O amor, tão caro aos românticos, é visto com ceticismo pelo autor, pois ele buscava retratar a realidade daquela época por mais que fosse de forma negativa.
   Na linguagem ele utiliza a ciência para melhor definir suas preocupações com a origem da angustia moral. Por isso seus versos apresentam termos como psicogênese, trama neural, carbono, sinergia, entre outros. Por essa razão muitos críticos destacaram o mau gosto do vocabulário como um dos defeitos do autor.

Poema: Psicologia de um vencido

Eu, filho do carbono e do amoníaco,
Monstro de escuridão e retilância,
Sofro, desde a epigênesis da infância,
A infância mà dos signos do zodíaco.

Profundissimamente hipocondríaco,
Este ambiente me causa repugnância...
Sobe-me à boca de uma ânsia análoga à ânsia
Que se escapa da boca de um cardíaco.

Já o verme- este operário da ruínas -
Que o sangue podre das carnificinas
Come, e à vida em geral declara guerra,

Anda a espreitar meus olhos para roê-los,
E há-de deixar-me apenas os cabelos,
Na frialdade inorgânica da terra!


Analise do poema
   O poema descreve as ações do eu e do verme. O eu somatiza o drama existencial, enquanto o verme arquiteta silenciosamente a destruição final do eu. O vocabulário científico, tomado principalmente à química e as imagens repulsivas reforçam a natureza perecível e finita do homem. Segundo o mesmo, tudo fatalmente se arrasta para o mal e para o nada. Nesse poema Augusto dos Anjos mais uma vez revela a sua negatividade existencial revelando que todo o ser humano sucumbirá na decomposição do corpo, mas que o ser humano de certa forma não aceita esse fim. Revela através do poema que para ele há apenas a dimensão material, não acreditando em alma ou espírito.
  Os sentimentos presentes no poema são: tristeza, pessimismo, repugnância, dor, conformismo, angústia, materialismo e pavor da morte.A primeira estrofe o eu-lirico demonstra que é filho da matéria simples, que sofrerá do começo ao fim e até mesmo o universo conspira contra o seu favor.  Sendo que na segunda estrofe o poeta parece estar em um hospital que represente o mundo, um ambiente onde há tristeza e que tem muitas pessoas que desconhecem sua própria dor, e tentam justificar seu infeliz fim.Enquanto na terceira  e quarta estrofe ele descreve o verme e informa uma pequena guerra entre a vida e o verme, mas que no fim o verme ganhará ao informar que o mesmo “há-de deixar-me apenas os cabelos,” verso presente na quarta estrofe.

Biografia de Augusto dos Anjos
Augusto dos Anjos (1884-1914) nasceu no engenho "Pau d'Arco", na Paraíba. Filho de Alexandre Rodrigues dos Anjos e de Córdula de Carvalho Rodrigues dos Anjos. Recebeu do pai, formado em Direito, as primeiras instruções. Augusto dos Anjos ingressa na Faculdade de Direito do Recife em 1903 e em 1907, formado em Direito, retorna a João Pessoa, capital da Paraíba, onde passa a lecionar Literatura Brasileira, em aulas particulares.   Nesse mesmo ano casa-se com Ester Fialho e muda-se para o Rio de Janeiro. Durante sua vida, publica vários poemas em jornais e periódicos. Em 1912 publica seu único livro "EU", que causou espanto, nos críticos da época, diante de um vocabulário grotesco, na sua obsessão pela morte: podridão da carne, cadáveres fétidos e vermes famintos. Em 1914, Augusto dos Anjos é nomeado Diretor do Grupo Escolar Ribeiro Junqueira, em Leopoldina, Minas Gerais, para onde se muda. Nesse mesmo ano, depois de uma longa gripe, é acometido de uma pneumonia. Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos morre em Leopoldina, Minas Gerais, no dia 12 de novembro de 1914.