quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A História da Dança


Quem é que nunca dançou ou movimentou o corpo com o batuque de uma música? É difícil encontrar uma pessoa que nunca se remexeu ou contorceu ao ouvir um som.
A dança é considerada uma das artes mais antigas, é também a única que despensa materiais e ferramentas pois ela só depende do corpo e da vitalidade humana para cumprir sua função, enquanto instrumento de afirmação dos sentimentos e experiências do homem.
Na Grécia Clássica, a dança era frequentemente vinculada os jogos, em especial aos olímpicos. Com o renascimento, a dança teatral, virtualmente extinta em séculos anteriores, reapareceu com força nos cenários cortesãos e palacianos. No século XIX apareceram a Contradança (que se transformou na quadrilha), a Valsa, a Polca, a Mazurca, o Scottish, o Pas-de-quatre, etc. No século passado surgiu o Boston, só destronado pelas danças exóticas (Cake-Walk, Maxine, One Step, Fox-Trot, e Tango). A divulgação da dança se deu também fora do espetáculo, principalmente nas tradições populares. 
A dança é dividida em quatro grandes grupos de estilos de dança, que são:

*Dança Clássica - conjunto de movimentos e de passos, elaborados em sistema e ensinados no ensino coreográfico.

*Dança de Salão - praticada nas reuniões e nos dancings.

*Dança Moderna - que se libertou dos princípios rígidos da dança acadêmica e que serviu de base ao bailado contemporâneo

Não temos, hoje, clareza nem de quando e nem de que por que razões o homem dançou pela primeira vez, no entanto na medida em a arqueologia consegue traduzir as inscrições dos “povos pré-históricos”, ela nos indica a existência da dança como parte integrante de cerimônias religiosas, nos permitindo considerar a possibilidade de que a dança tenha nascido a partir ou de forma concomitante ao nascimento da religião. Foram encontradas gravuras de figuras dançando nas cavernas de Lascaux, na medida em que estes homens usavam estas inscrições para retratar aspectos importantes de seu dia-a-dia e de sua cultura, como os relacionados a caça, a morte e a rituais religiosos, podemos inferir que essas figuras dançantes fizessem parte destes rituais de cunho religioso, básicos para a sociedade de então. A dança, tal como todas as manifestações artísticas, é fruto da necessidade de expressão do homem, de maneira que seu aparecimento se liga tanto às necessidades mais concretas dos homens quanto àquelas mais subjetivas. Assim, se a arquitetura nasce da necessidade da construção de moradias adequadas e seguras, a dança, provavelmente, veio da necessidade de exprimir a alegria ou de aplacar fúrias dos deuses.Atualmente, podemos  classificar a dança em três formas distintas: a étnica, a folclórica e a teatral. Acredita-se que as danças folclóricas são fruto da migração das danças religiosas de dentro dos templos para as praças públicas. Com esta migração estes ritos que antes eram permitidos só aos iniciados passaram a fazer parte do universo simbólico de uma população cada vez maior, desta maneira estas manifestações religiosas passaram a tomar um caráter de manifestações populares criando, então, um importante progresso na história da dança. Com esta mudança de caráter e com o passar do tempo, a ligação entre estas manifestações e os deuses foi se diluindo, e as danças, primeiramente religiosas hoje aparecem como folclóricas.
Estas danças ao longo do tempo passaram a adquirir “coreografias próprias” de maneira que possuem passos e gestos peculiares a cada uma, com significado próprio e que devem ser respeitados no contexto de cada cerimônia específica.
Devemos lembrar que durante vários séculos grande parte das manifestações de dança era privilégio do sexo masculino, de maneira que com só com o passar dos anos as mulheres passaram a participar ativamente das danças folclóricas. Ainda hoje, em certas regiões da União Soviética, como o Cáucaso, a Ucrânia e as Repúblicas Orientais, existem danças matrimoniais em que as mulheres só tomam parte passivamente: os homens dançam em torno delas, principalmente da noiva, sem que elas esbocem qualquer gesto. Este tipo de dança são claro exemplo do caminho das danças de cunho religioso que com o passar dos anos tomaram um caráter de danças folclóricas.
Também não podemos precisar claramente a origem da dança teatral. Sabemos que no Império Romano ocorriam espetáculos variados em que se apresentavam dançarinos, mas as indicações que temos nos levam a acreditar que suas apresentações se davam em tal formato que hoje as consideraríamos como apresentações circenses com acrobatas e saltimbancos.
Enquanto no Império Romano estas apresentações tinham um caráter circense, na Índia e na China as cortes contavam com os serviços de “escravos-bailarinos” que dançavam com o intuito de distrair os soberanos e da nobreza.
Durante vários séculos, essas manifestações de dança artística, se eram apresentadas apenas para as nobrezas de cada sociedade, apenas com o passar dos anos o povo foi tendo acesso às exibições, transformando-se assim em teatro popular aquilo que até então era privilégio de uma pequena minoria.
A dança é uma das três principais artes cênicas da Antiguidade, ao lado do teatro e da música. No antigo Egito já se realizava as chamadas danças astroteológicas em homenagem a Osíris. Na Grécia, a dança era frequentemente vinculada aos jogos, em especial aos olímpicos.[1] A dança se caracteriza pelo uso do corpo seguindo movimentos previamente estabelecidos (coreografia) ou improvisados (dança livre).[2] Na maior parte dos casos, a dança, com passos cadenciados é acompanhada ao som e compasso de música e envolve a expressão de sentimentos potenciados por ela.A dança pode existir como manifestação artística ou como forma de divertimento ou cerimônia. Como arte, a dança se expressa através dos signos de movimento, com ou sem ligação musical, para um determinado público, que ao longo do tempo foi se desvinculando das particularidades do teatro.Atualmente, a dança se manifesta nas ruas em eventos como "Dança em Trânsito", sob a forma de vídeo, no chamado "vídeodança", e em qualquer outro ambiente em que for contextualizado o propósito artístico.
A história da dança cênica representa uma mudança de significação dos propósitos artísticos através do tempo.
Com o Balé Clássico, as narrativas e ambientes ilusórios é que guiavam a cena. Com as transformações sociais da época moderna, começou-se a questionar certos virtuosismos presentes no balé e começaram a aparecer diferentes movimentos de Dança Moderna. É importante notar que nesse momento, o contexto social inferia muito nas realizações artísticas, fazendo com que então a Dança Moderna Americana acabasse por se tornar bem diferente da Dança Moderna Européia, mesmo que tendo alguns elementos em comum.
A dança contemporânea como nova manifestação artística, sofrendo influências tanto de todos os movimentos passados, como das novas possibilidades tecnológicas (vídeo, instalações). Foi essa também muito influenciada pelas novas condições sociais - individualismo crescente, urbanização, propagação e importâncias da mídia, fazendo surgir novas propostas de arte, provocando também fusões com outras áreas artísticas como o teatro por exemplo.
Classificação e gêneros

Várias classificações das danças podem ser feitas, levando-se em conta diferentes critérios.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Danças foclóricas do Centro Oeste


No Centro Oeste existem várias danças folclóricas que embelezam e enriquecem a sua cultura. Abaixo citarei algumas dessas danças:
Ø  Caninha-verde – consta de uma roda de homens e mulheres que cantam e dançam permutando de lugares e formando pares. Os textos cantados são tradicionais e circunstanciais, acompanhados por viola, violão e pandeiro.
Ø  Catira – semelhante à existente no sudeste, esta dança é executada por homens que sapateiam, rodopiam e palmeam um ritmo sincopado, intercalando com moda de viola, executada por dois violeiros.
Ø  Cavalhada - É uma representação da batalha entre mouros e cristãos durante a invasão da Península Ibérica. Com a vitória dos cristãos, os mouros acabam convertidos. 
Ø  Cururu- A festa relembra o domínio do cristianismo na região hoje formada por Portugal e Espanha. Em Goiás, a mais famosa ocorre em Pirenópolis.Canto formado por trovas repentistas, chamadas originalmente de carreiras ou linhas, cantadas por vários "pedestres" em agradecimento a um santo. Os instrumentos são viola artesanal feita com árvores nativas e ganzá (tipo de reco-reco) de bambu. Foi levado a Mato Grosso pelos bandeirantes. Era inicialmente dançado, hoje é só cantado.
Ø  Mascarados - Originária dos costumes indígenas, foi modificada e enriquecida pelos colonizadores espanhóis e portugueses. Dura cerca de 2 horas e meia, com diferentes passos, e exige grande esforço físico. Por isso, antigamente só os homens participavam. O grupo dos mascarado é composto de um marcante e doze pares. A apresentação divide-se em 12 partes: cavalinho é a entrada, depois vem a Primeira Quadrilha, Segunda Quadrilha, Trança-fita e Joaquina, Arpejada, Cara-dura, Maxixe de Humberto (assim foi chamada porque foi composta pelo músico Humberto da banda do mascarado), Carango, Lundu e, por fim a Retirada. Apresenta-se com fantasias de coloridos exuberantes predominado as cores vermelho e amarelo. Usam uma máscara confeccionada uma tela de arame, que após colocada em forma de madeira caracteriza um rosto na modelagem final, muita tinta é atirada por cima em várias camadas que farão a aparência de pele, ficando assim muito bem camuflado. Cada participante usam na cabeça um vistoso chapéu com plumas e espelhos em outros adornos.Os dançarinos se embalam em temas singulares, são acompanhados por uma banda, sendo os principais instrumentos o saxofone, tuba e pistão, além de tambores e pratos.
Ø Tambor – executada com um solista no centro de um círculo formado pelos dançadores. O ritmo é marcado por tambores e o canto é coletivo. A coreografia, desenvolvida pelo solista, distingue partes que recebem denominações específicas: “Jiquitaia”, “Serrador”, “Negro-velho”. A troca de solistas no centro da roda se processa através da umbigada.
Ø Vilão – dança de conjunto cujos participantes se subdividem pela função: Batedores, Balizadores, Músicos, Regente e Chefe do grupo. Organizados em semicírculo, os Batedores, trazendo longos bastões de madeira, dão batidas nos bastões do parceiro, ao ritmo da marcação do apito do Regente e da execução musical da banda. Há uma série de movimentos que compreendem giros de corpo, volteios dos bastões, troca de lugares, encerrando com uma sequência de sete outros gestos rapidíssimos, chamados “Cerradinhos”, que constam de batidas realizadas com os batedores agachados.
Ø  Procissão do fogaréu- Manifestação de tradição religiosa que relembra a prisão de Jesus Cristo por soldados romanos mascarados. A mais bem produzida ocorre no município de Goiás (GO), antiga capital do Estado, a 135 quilômetros de Goiânia.

Ø  Siriri- Típica de Mato Grosso, tem como característica a troca de casais. É marcada pelo som do mocho (espécie de tambor em forma de banco, feito com madeira e couro de boi). O nome vem de siriricar, o movimento feito pelo pescador na pesca com anzol e reproduzido pelos dançarinos ao escolher o par.

Ø  Marimbondo-Marimbondo é uma dança popular de composição fácil, apreciada principalmente no Estado de Goiás. É mais um divertimento no qual o bailarino revela sua habilidade de dançarino-equilibrista, enquanto os circunstantes acompanham seus movimentos com interesse e algazarra. O fracasso do dançarino exibicionista é sempre motivo de graça para a assistência. Instrumentos musicais: pandeiro e cuíca.

Ø  Palminha- Palminha é uma modalidade de quadrilha rural. É muito apreciada no Brasil Central, principalmente em Goiás. Representa mais um divertimento, no qual os participantes se entretêm com cordialidade e alegria. Dançam homens e mulheres ao mesmo tempo, aos pares. Instrumento musical: Orquestra regional.

Ø  Recortado- O Recortado lembra o Cateretê, do qual recebe influência, embora contraste com este pela sua vivacidade e por ser mais movimentado. É mais dançado no Brasil Central. Indumentária: caipira típica da região. Instrumentos musicais: viola.

Ø  Serra Moreninha- Serra Moreninha é uma dança popular muito apreciada nos pousos de foliões do sul de Goiás. É uma espécie de bailado. Está classificada entre as danças de salão. Instrumentos musicais: orquestra regional.

Ø  Volta Senhora- Volta Senhora é quadrilha que faz parte dos diversos motivos do Fandango, do qual ela é a mais vistosa em efeitos coreográficos e cenográficos, sendo ela dançada principalmente no Estado de Goiás. Instrumento musical: viola.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A História do Sertanejo

Chama-se de Música Sertaneja o estilo musical que se produz por artistas interioranos, de melodia simples e com letras de temáticas românticas e sem nenhuma maldade.
Nos estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, e interior de São Paulo foi os estados onde ocorreu se assim pode-se dizer o seu surgimento ma snão demorou e ela se espslhou por todo o pais.
Originalmente, era chamado de "sertanejo" apenas o tipo de música composto e executado por artistas das zonas rurais, utilizando instrumentos artesanais e típicos da época colonial, como viola, sanfona e gaita.
Contudo, a partir da década de 1980, tem início uma exploração comercial do estilo. Surgem inúmeros artistas, quase sempre em duplas, que são lançados por gravadoras e expostos a todo o pais como forma de lucro para essas mesmas gravadoras Tendo como percussores a dupla Chitãozinho & Xororó e Leandro & Leonardo. Logo após varias duplas surgem assim popularizando ainda mais esse ritmo e isso acontece por volta da década de 90. Mas como tudo tem seu tempo ela logo cai.
No entanto no início de 2000 ela revive com a dupla Bruno e Marrone. E com o passar do tempo ela se transformar e ganhar mais um estilo o Sertanejo Universitário que tem uma pegada mais eletrônica, mas ainda preserva a letra temática e romântica.
E assim o sertanejo se dividiu em cinco eras, sendo elas:
• A primeira em 1929 onde o jornalista e escritor Cornélio Pires gravou “causos” e fragmentos de musicais do interior de São Paulo e essas melodias foram apelidadas de música caipira
• A Segunda teve início após a Segunda Guerra Mundial, com a incorporação de novos estilos (de duetos com intervalos variados) que tiveram como propagadores as duplas Cascatinha e Inhana, Irmãs Galvão e onde Zé rico e Milionário misturou samba, coco e calango de roda ao Sertanejo.
• A introdução da guitarra elétrica foi o grande marco da terceira era e que foi entronizada pela dupla Léo Canhoto e Robertinho, esse fato aconteceu no final da década de 1960. Foi entre essa década e a década de 1970 que o cantor Sérgio Reis passou a gravar repertório tradicional sertanejo, de forma a contribuir para a penetração mais ampla ao gênero. Renato Teixeira foi outro artista a se destacar àquela altura.
• E a quarta era começa com a reciclagem do Sertanejo Universitário, onde os artistas começam a divisão musical, boa parte retorna para as influências da moda de viola ou "modão" Nessa era Eduardo Costa e Léo Magalhães se destacam.

domingo, 7 de agosto de 2011

RESUMO - Sociedade da Caveira de Cristal

RESUMO - Sociedade da Caveira de Cristal
O livro Sociedade da Caveira de Cristal tem como narrador Vitor um adolescente de apenas 13 anos, magro, tímido, usa óculos e que adora passar o tempo no computador. Que por meio da sua amiga Samara descobre um jogo na Internet - o Skull, jogo esse que acaba lhe aproximando de Samara e traz a lembrança do seu avô. O livro conta de forma bem-humorada e com um pouco de suspense um enredo no qual tudo pode acontecer.
Num simples comentário na quadra do colégio Samara conta a Vitor que seu irmão Mateus desapareceu por 13 dias e  ele estava no Skull – um videogame que se joga pela internet, e que a partir de uma fase eles continuam jogando dormindo através de um dispositivo visual, por isso ela desconfiava que Mateus tivera uma dessas crises se sonambulismo.
Chegando em casa ele baixa o jogo e entra na Sociedade com a senha de Mateus, no entanto logo ele é descoberto e tem que reiniciar com o seu próprio login para isso seria preciso que ele entrasse na sala de Bate-Papo onde o Senhor de Cristal lhe indicaria o que fazer. Por sorte ele tinha 13 anos e era o 13º usuário a se cadastrar no Skull, assim logo ele conseguiu pontos extras.
A mãe de Vitor percebendo que seu filho passava muito tempo no computador resolve deixá-lo apenas três horas por dia no computador, fazendo Vitor lembra do deu avô que morreu há pouco tempo com o vírus Bola, pois ele dizia que: a internet é um dos bens mais preciosos que o mundo tem hoje e que eles não sabiam apreciá-la.
No sábado ele enfrenta a sua primeira missão que seria salvar treze famílias que moravam na cidade Órus14 de um perigoso grupo, com muito esforçando e sobrevivendo aos desafios Vitor consegue salvar as famílias e como recompensa passa para a fase do Passaporte de Cristal.
Para ganhar o Passaporte ele teria que salvar Órus14 dos homens de branco, entretanto no meio do sonho ele consegue rever o seu avô, porém Vitor só consegue ouvir que a Sociedade da Caveira de Cristal quer destruir a humanidade através do vírus Bola e que os homens de branco são do bem, pois logo após ele ouvir isso do seu avô o jogo foi desativado. Um dia após a missão em todo o seu bairro foi decretado isolamento, ou seja, as pessoas não poderiam sair de suas casas até segunda ordem, e recebe ainda a notícia de que seu amigo Jorjão foi internado com suspeitas de ter sido contagiado com o vírus Bola.
Nesse mesmo momento ele recebe um e-mail de Samara dizendo que para ela Sociedade da Caveira de Cristal é o vírus Bola que quer destruir todos os seres humanos. Vitor não dá importância ao que Samara escreve, entretanto ele se importa com o e-mail onde diz que ele foi cortado do Skull. Logo após ele entra na sala de Bate Papo da Sociedade e descobre que pode voltar ao jogo, mas pra isso ele tem que formar um grupo de mais duas pessoas.
Á noite deitou-se na cama e começou a pensar: se a Samara e o meu avô tiverem razão então foi por isso que fui cortado do Skull, meu avô foi uma interferência, pois me avisou do risco que eu corria.
Disposto a descobrir tudo sobre a Sociedade da Caveira de Cristal Vitor escreve para Jorjão que era dono de uma Lan house e por isso saberia responder todas as suas perguntas. Dias depois ele recebe a carta-resposta e que com dados assustadores comprovam tudo aquilo o que Samara e seu avô lhe haviam dito. No dia seguinte Vitor resolve contar tudo a Samara, e eles junto com Jorjão tentam armar um plano para acabar com a Sociedade da Caveira de Cristal. Vitor marca com Samara na Lan house do Jorjão para jogarem, enquanto Jorjão jogaria do Hospital. Todos eles dormiram e começaram a jogar, para sorte deles naquela noite seria o grande dia, onde todos os jogadores do Skull se reuniriam numa única partida.
Eles conseguem entrar no jogo de forma que nenhuns dos outros jogadores conseguiam enxergá-los, passaram pelo um lago e chegaram ao centro, onde avistaram uma Caveira de Cristal enorme, mas neste momento a luz refletiu e eles poderão ser vistos. E o Senhor de Cristal se aproximou deles e disse que eles estavam presos ali para sempre, contudo Jorjão não se intimidou e comentou que o jogo era um programa de computador, assim não saberia dar a resposta de perguntas como: Se o amor é um polígono quantos lados ele têm? Portanto eles começaram a fazer as tais perguntas, com isso o sistema entrou em crise e a Caveira de Cristal se quebrou em vários pedaços. Como conseqüência disso eles acordaram e perceberam que tudo voltou ao normal, e que o vírus Bola tinha desaparecido, mas uma coisa tinha chamado a atenção deles: foi que Mateus e outros jogadores não lembravam do que tinha acontecido. Fora isso tudo voltou ao normal.

JOGOS NA INTERNET PODEM SER USADOS COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL

Quem não lembra de um jogo divertido e animador? É muito bom quando através de jogos se consegue atingir objetivos educacionais. Aprender brincando é muito mais valioso para o aluno, brincar faz parte de seu mundo e desenvolvimento. É através das brincadeiras que ela descobre ou pode descobrir o mundo. Com jogos podem-se trabalhar questões de matemática, de ciências, de escrita, questões físicas, psicológicas, sociais...
Com a presença dos computadores na educação, com os inúmeros jogos educacionais e demais softwares disponíveis para esse processo, se ganham novas possibilidades, são mais recursos a serem integrados como mediadores do ensino aprendizagem. Acrescentam-se também a educação formal possibilidades não presenciais. Conforme Oliveira (2001) o ato de ensinar e aprender ganha novo suporte com o uso de diferentes tipos de softwares educacionais, de pesquisas na Internet e de outras formas de trabalhos com o computador. Acrescenta que o computador com seus inúmeros softwares pode ser uma ferramenta muito importante na mediação do processo da construção do conhecimento, capaz de favorecer a reflexão do aluno, viabilizando a sua interação ativa com determinado conteúdo de uma ou mais disciplinas e não só, um recurso auxiliar ao aluno na aquisição de informações na internet, em enciclopédias eletrônicas e nas produções e apresentações mais elaboradas de trabalhos escolares.
Hoje em dia se encontram muitos jogos educativos e cabe ao educador selecionar e avaliar esses, buscando utilizá-los da melhor forma possível. Esses podem ser mais um dos agentes transformadores da educação, mas vai depender muito da forma como serão utilizados e explorados. Os educadores têm papel fundamental, pois é através do contexto, reflexão crítica e intervenções que os jogos educativos vão contribuir para o desenvolvimento dos educandos e a construção da aprendizagem. Busca-se ainda uma maior integração entre os desenvolvedores de jogos educativos computacionais com profissionais da educação, com o objetivo de aliar o prazer de jogar, com as melhores práticas educativas, transformando O aluno, em uma pessoa que saiba trabalhar em equipe, ganhar e perder e sinta prazer no que faz.

Abismo e a Era Digital

Os dois lados da “Era digital”
A Era digital surgiu no inicio do terceiro milênio e está tomando conta do nosso planeta; pois presenciamos cada vez mais os avanços tecnológicos em casa, no trabalho nas festas, e nas aprimorações e surgimentos de algumas máquinas como os celulares, os smartphones, iphods, câmeras biométricas, câmeras digitais, tablets, iphads, e notebooks. Vivemos realmente em um momento de muitas transformações, não há como negar que estamos em outra Era.
Os equipamentos dessa era trouxeram muitas facilidades para o nosso cotidiano entre elas estão os aparelhos eletrônicos que nos ajudam desde escrever um simples textos até a ajudar na segurança das nossas casas. Um exemplo disso é a biometria que são máquinas capazes de reconhecerem as nossas digitas, a nossa voz e até mesmo e a íris dos nossos olhos, ou seja, pessoas não autorizadas não podem entrar nas nossas casas.
O celular e o notebook são outros equipamentos que utilizamos para nos comunicar com pessoas que estão à distância. Assim facilitando a nossa comunicação e a resolução de problemas, pois se um empresário precisar resolver um problema, mas antes tem que falar com seu sócio com essa tecnologia fica mais fácil de eles se comunicarem.
A internet é um dos meios mais utilizados pelos seres humanos. Internet essa que é usada por empresários, professores, artistas, e estudantes, ou seja, de diversas maneiras ela está presente nas nossas vidas, pois utilizamos-a para fazer pesquisas escolares, para nos informamos do que acontece no mundo, enriquecer os nossos conhecimentos e nos comunicamos com as pessoas que gostamos, porém que estão longe.
Contudo a Era digital também têm o lado negativo, porque esses mesmo equipamentos que nos ajudam no nosso dia-a-dia são os mesmos que podem nos prejudicar. Você leitor deve está se perguntando como é que essas máquinas podem nos prejudicar. Portanto a seguir serão citados exemplos de como “uma” simples máquina pode seriamente nos prejudicar.
Começo a falar sobre os trabalhadores que são despedidos de seus empregos, por causa das máquinas, pois se os patrões podem diminuir custos usando apenas máquinas que fazem os mesmos trabalhos. Por que vão gastar dinheiro pagando salários?
Outro exemplo são os roubos que acontecem via internet, quando hackers enviam mensagens, anúncios e ofertas por e-mail que contém uma espécie de “vírus” que captam e roubam informações importantes como CPF, senhas de bancos e cartões de créditos, e até informações secretas de governos podem ser hackeadas, sem contar que essas informações às vezes caem nas mãos de pessoas sem escrúpulos e que prejudicam as vitima moralmente, socialmente, financeiramente e emocionalmente.
Há também o problema das fotos que circulam por meio das redes sociais, fotos essas que às vezes são usadas sem permissões do proprietário e vão parar em sites de prostituição, assim o proprietário fica defamado às vezes sem saber que a sua foto está envolvida com algo que ela até mesmo não goste.
Concluo dizendo que a Era digital nos trouxe facilidades, porém não podemos nos esquecer que temos que ter cuidados quando formos usarmos qualquer equipamento dessa era, pois como tudo na vida há seu lado positivo e o negativo.
A Era digital está sendo mais do que uma mudança mecânica. Ela é uma mudança na condição humana.

ANEXO:
O Abismo Digital
Como já foi citado no texto acima nesse milênio novas tecnologias foram surgindo, entretanto, o acesso a essas tecnologias ainda são bastante desiguais, ainda mais comparamos os países com alto desenvolvimento com aqueles onde predominam a miséria. Um modelo de comparação é a Suíça que tem 708,7 enquanto a Nigéria tem somente 0,60 computadores para cada mil habitantes.
Deste modo fica visível quando falamos em abismo digital, pois é fácil constatar que uma grande distância tecnológica separa os países mais ricos e desenvolvidos dos mais pobres.
Isso quer dizer que a revolução tecnológicas que vivemos nos dias de hoje não está ao alcance de todas as pessoas do nosso planeta sobre tudo aqueles dos continentes Americanos, Africanos e Asiáticos. E o que nos deixa mais espantados é que os países desenvolvidos têm apenas 18% da população mundial, contudo concentram 76% dos usuários da internet.
Se o privilégio exclusivo das tecnologias continuarem aumentando nas sociedades ricas enquanto as mais pobres ficarem sem receberem as tecnologias não haverá qualquer possibilidades de diminuir as desigualdades sociais do planeta.
Na minha opinião esse abismo só deixará de existir á medida que o uso de telefones celulares e Internet tornarem-se mais disponíveis, a população de baixa renda. Um das possibilidades de isso acontecer era se o governo disponibiliza-se as classes baixas, os itens citados acima, e junto com eles cursos de capacitação para os mesmos. Esse projeto já está sendo discutido em alguns países enquanto em outros já foram aprovados inclusive no Brasil.
Mas enquanto isso não acontece dois problemas se destacam para aumentar o abismo digital:
a) O enfoque da infra-estrutura: Ou seja, a possibilidade de dispor de computadores conectados à rede mundial.
b) O enfoque da capacitação: Pois o que adianta as pessoas disporem das tecnologias se elas não forem capacitadas para usá-las.
“Torna-se cada vez maior o abismo que separa o conhecimento da ignorância e os ricos dos pobres, tanto dentro de cada país como entre países”.

Jornal da Poesia

ALVARES DE AZEVEDO

Biografia
Filho de Inácio Manuel Álvares de Azevedo e Maria Luísa Mota Azevedo, passou a infância no Rio de Janeiro, onde iniciou seus estudos. Voltou a São Paulo (1847) para estudar na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, onde desde logo ganhou fama por brilhantes e precoces produções literárias. Destacou-se pela facilidade de aprender línguas e pelo espírito jovial e sentimental.Durante o curso de Direito traduziu o quinto ato de Otelo, de Shakespeare; traduziu Parisina, de Lord Byron; fundou a revista da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano (1849); fez parte da Sociedade Epicureia; e iniciou o poema épico O Conde Lopo, do qual só restaram fragmentos.Não concluiu o curso, pois foi acometido de uma tuberculose pulmonar nas férias de 1851-52, a qual foi agravada por um tumor na fossa ilíaca, ocasionado por uma queda de cavalo, falecendo aos 20 anos. A sua obra compreende: Poesias diversas, Poema do Frade, o drama Macário, o romance O Livro de Fra Gondicário, Noite na Taverna, Cartas, vários Ensaios (Literatura e civilização em Portugal, Lucano, George Sand, Jacques Rolla), e a sua principal obra Lira dos vinte anos (inicialmente planejada para ser publicada num projeto - As Três Liras - em conjunto com Aureliano Lessa e Bernardo Guimarães). É patrono da cadeira 2 da Academia Brasileira de Letras.

OBRAS
Devido a sua morte prematura, todos os trabalhos de Álvares de Azevedo foram publicados postumamente.
• Lira dos Vinte Anos (1853, antologia poética);
• Macário (1855, peça de teatro);
• Noite na Taverna (1855, contos);
• O Conde Lopo (1886, poema épico que resta apenas em fragmentos hoje)
Álvares de Azevedo também escreveu muitas cartas e ensaios e traduziu para o português o poema Parisina, de Lorde Byron, e o quinto ato de Otelo, de William

Lembrança de Morrer


Quando em meu peito rebentar-se a fibra,
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nenhuma lágrima
Em pálpebra demente.

E nem desfolhem na matéria impura
A flor do vale que adormece ao vento:
Não quero que uma nota de alegria
Se cale por meu triste passamento.

Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poento caminheiro,
– Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro;

Como o desterro de minh’alma errante,
Onde fogo insensato a consumia:
Só levo uma saudade – é desses tempos
Que amorosa ilusão embelecia.

Só levo uma saudade – é dessas sombras
Que eu sentia velar nas noites minhas…
De ti, ó minha mãe, pobre coitada,
Que por minha tristeza te definhas!

De meu pai… de meus únicos amigos,
Pouco - bem poucos – e que não zombavam
Quando, em noites de febre endoudecido,
Minhas pálidas crenças duvidavam.

Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme ainda,
É pela virgem que sonhei… que nunca
Aos lábios me encostou a face linda!

Só tu à mocidade sonhadora
Do pálido poeta deste flores…
Se viveu, foi por ti! e de esperança
De na vida gozar de teus amores.

Beijarei a verdade santa e nua,
Verei cristalizar-se o sonho amigo…
Ó minha virgem dos errantes sonhos,
Filha do céu, eu vou amar contigo!

Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:
Foi poeta - sonhou - e amou na vida.

Sombras do vale, noites da montanha
Que minha alma cantou e amava tanto,
Protegei o meu corpo abandonado,
E no silêncio derramai-lhe canto!

Mas quando preludia ave d’aurora
E quando à meia-noite o céu repousa,
Arvoredos do bosque, abri os ramos…
Deixai a lua pratear-me a lousa!





EXPLICAÇÃO DO POEMA

A expressão de angústia, do sofrimento, da dor existencial marca grande parte dessa produção da 2ª geração romântica, conhecida também como Mal do século, Byroniana (numa alusão ao poeta inglês Lord Byron) ou fase Ultrarromântica. Do desequilíbrio existencial resulta a fuga na fantasia, no sonho, a obsessão pela morte e a atração por paisagens sombrias. É o chamado ´´lirismo da descrença``, do qual Álvares de Azevedo é o poeta mais representativo.
Sua obra, influenciada também pela sua personalidade adolescente, revela ambigüidade, indecisão: ora aspiras aos amores virginais e idealiza a mulher; ora descreve-a erotizada e degradada. Foi o poeta brasileiro que mais se deixou contagiar pelo ´´Mal do século``, influenciado sobretudo pela leitura de autores como Byron, Musset e Goeth. A temática do tédio e da morte, o ceticismo e o culto do funéreo atravessam toda a sua obra; a angústia, a descrença e o satanismo estão presentes até mesmo no lirismo amoroso, no qual o amor e a felicidade se mostram como coisas inatingíveis.
Álvares de Azevedo escreveu também obra em prosa, da qual se destacam os contos do livro Noite na taverna. Neles, criaturas marginalizadas são personagens de enredos ambientados em cenários escuros, tétricos.
Na poesia do mal do século, marcada por forte subjetivismo, o poeta expressa uma visão pessimista da vida. Felicidade e realização amorosa são objetivos inatingíveis. O eu lírico mergulha na depressão, no sonho e no devaneio. Por isso a perspectiva da morte é sempre lembrada.
´´Lembrança de morrer`` é formado por estrofes de quatro decassílabos (12 quartetos), com exceção da primeira, em que o último verso (4º) é hexassílabo (esquema rítmico 2-6). O segundo e o quarto versos de cada estrofe rimam entre si (versos pares); em alguns casos, o primeiro e o terceiro apresentam rima soante (rimam apenas as vogais das sílabas tônicas). O texto tem um tom grave e melancólico. Esse poema, como o próprio título sugere, aborda o tema da morte prematura, ainda na juventude, como era comum na época em que viveu o autor. A função emotiva da linguagem, predominantemente no poema, revela uma característica do Romantismo: o subjetivismo.
Nas três primeiras estrofes do poema, o eu lírico refere-se a sua própria morte. É interessante salientar que a morte (metáfora constante na poética do autor) é apresentada, em linguagem figurada, por meio de eufemismos (figura que atenua) como, por exemplo, na expressão: ´´rebentar-se a fibra / Que o espírito enlaça à dor vivente``. Essa deliberada vontade de morrer resulta de uma visão pessimista da existência humana (característica ultrarromântica). Em tom de despedida, o eu lírico pede, na 1ª estrofe, para que não chorem por ele: ´´Não derramem por mim nem uma lágrima/ Em pálpebra demente. ``
Nada o prende à vida, dela não se leva qualquer lembrança. Acredita que encontrará na morte o que em vão procurou em vida, a ausência de dor. Por isso, na 2ª estrofe, considera necessário que não se entristeçam (´´Não quero que uma nota de alegria/ Se cale por meu triste passamento``) e não coloquem flores (pureza que ´´adormece ao vento``) sobre o seu corpo (matéria impura).
Na 3ª estrofe, o eu lírico compara a morte a duas situações: o caminhante empoeirado que deixa o tédio do deserto (verso que apresenta enjambement) e um pesadelo do qual se desperta com o toque de um sino. Ambas as situações sugerem que a morte, para o eu lírico, é um alívio, uma libertação de uma situação de sofrimento.
Então a vida é morte, é pesadelo e também solidão. Na 4ª estrofe, observamos a imagem do exílio (desterro), em que a alma é consumida por um fogo insensato, o fogo da paixão sublimada, que no entanto deixa uma saudade. É a manifestação do eu lírico na ilusão amorosa.
Na 5ª estrofe, o pessimismo e a morbidez são os traços românticos que nela se evidencia, pois o eu lírico está claramente cansado da existência. Entediado e desiludido, anseia pelo fim. Novamente manifesta saudades: das sombras sentidas durante as noites de insônias e da mãe, fiel em velar o filho, na proximidade da morte.
Na 6ª estrofe, o eu lírico destaca o amor paterno e à fidelidade dos poucos amigos que, durante a doença, não zombaram de seu ceticismo (´´Minhas pálidas crenças duvidavam``). Essa espécie de tédio melancólico constituía o cerne do ´´Mal do século``(também chamado de spleen), a combinação de enfado, cansaço e desilusão que boa parte da juventude intelectual assumia como postura existencial.
Na 7ª estrofe, o amor e a felicidade são retratados como coisas inatingíveis (sonhado e não concretizado). Uma lágrima ainda cai dos seus olhos e, se resta um sopro de vida em seu peito, é graças à virgem dos sonhos do eu lírico, que nunca o beijou: ´´E pela virgem que sonhei.../ que nunca os lábios me encostou a face linda``(versos em que o esse tipo de amor ´´idealizado`` aparece claramente.
Na 8ª estrofe, o eu lírico declara as alegrias que esse sonho lhe causou (razão de sua existência). A virgem intocada, nunca beijada (estilo mulher-anjo da tradição medieval), que deu flores e esperança à mocidade, para que um dia pudesse gozar dos seus amores.
Na 9ª estrofe, a morte surge como plano superior de realização amorosa: é depois dela que o sonho do beijo será realizado com a mulher que é virgem e filha do céu. . A expressão ´´virgem dos errantes sonhos``, constante na poesia de Álvares de Azevedo, é produto de um ideal de pureza inconciliável com a realidade – razão pela qual ´´o sonho amigo`` do eu lírico (o gozo dos amores) só poderá ser realizado em uma outra esfera. A paixão pela morte e a impossibilidade de realização amorosa alia-se o tédio de viver, que pode ser observado no mesmo texto: há poucos motivos para saudades.
A 10ª estrofe é quase uma síntese do Romantismo. O eu lírico pede para ser enterrado com um epitáfio (uma inscrição que se coloca sobre o túmulo) que pode ser lido como um lema ultrarromântico (´´Foi poeta – sonhou- e amou na vida``) uma vez que contém elementos essenciais dessa tendência: o poeta da segunda geração valoriza essencialmente o sonho e o amor (e os dois elementos associados – o amor que existe apenas no sonho) em sua poesia. Outros elementos descritos expressam as ideias românticas:
´´Cruz``: referência a fé cristã;
´´Leito solitário/floresta dos homens esquecida``: referências à morte e atração mórbida por ela.
A 11ª estrofe é marcada pela personificação ou prosopopéia que ocorre quando o eu lírico se dirige às sombras do vale e às noites da montanha pedindo: ´´protegei o meu corpo abandonado / E no silêncio derramai-lhe canto``. Esse procedimento confere ao poema um caráter lúgubre e mágico.
Na última estrofe (12ª), o eu lírico reforça essa relação intimista com a natureza (funções reservadas para a natureza após sua morte). Pede para que os arvoredos abram espaços e deixem que a lua pranteie e ilumine sua sepultura. Que, assim, a natureza o conforte e lhe dê aconchego
Entre os vários textos confessionais de Álvares de Azevedo, ´´Lembrança de morrer`` (escrito trinta dias antes da morte do poeta, foi lido em seu enterro pelo romancista Joaquim Manuel de Macedo) é um dos mais significativos por abordar diferentes angústias e ansiedades do poeta do Mal do século.
Estão presentes no texto a fixação pela morte como solução dos problemas, o egocentrismo, a virgem sonhada, a solidão, o ambiente familiar, o clima crepuscular, a visão do cemitério (chegando o poeta a escrever o seu próprio epitáfio: ´´Foi poeta – sonhou – e amou na vida``). No poema de Álvares de Azevedo, a morte é bem-vinda, representa um alívio para o tédio, o fardo que é a vida. Essa visão carrega os conceitos típicos do Ultrarromantismo.